
O Governo de Mato Grosso do Sul anunciou que pretende economizar entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões até dezembro deste ano por meio de um plano de corte de gastos, que será detalhado a partir do próximo mês. A medida busca reduzir despesas com custeio e reequilibrar as finanças estaduais.
Segundo o Jornal Correio do Estado, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, todas as secretarias estão revisando contratos para identificar os setores que terão cortes. O objetivo, segundo ele, é melhorar a “qualidade do gasto”, expressão usada com frequência pelo governador Eduardo Riedel (PSDB).
Um dos principais motivos da revisão é a necessidade de reduzir o índice de gastos com pessoal, que ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Dados do primeiro quadrimestre mostram que o Estado comprometeu 46,92% da receita corrente líquida com pessoal, acima do limite de 46,55%.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 já projeta um cenário de contenção, com previsão de déficit primário de R$ 207,2 milhões no próximo ano. Em 2024, a meta é fechar com superávit de R$ 366,2 milhões.
O corte também está alinhado à possível adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que pode gerar contingenciamentos adicionais. A estimativa da receita total para 2026 é de R$ 23,86 bilhões, frente a uma despesa projetada de R$ 24,2 bilhões, sem considerar o regime próprio de previdência.
*Com Informações do Correio do Estado;



